terça-feira, 10 de junho de 2014

Metroviários de SP decidem suspender greve até quarta-feira

Metroviários de SP decidem suspender greve até quarta-feira


Mais cedo, o superintendente regional do Trabalho e Emprego em São Paulo, Luiz Antônio de Medeiros, disse que faltou pouco para que fosse fechado um acordo entre a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e os trabalhadores em greve há cinco dias. A readmissão de 42 metroviários demitidos chegou a ser parcialmente aceita pelo Metrô mas, em seguida, foi recusada pelo Palácio dos Bandeirantes.
“Estranhamente nós tínhamos recebido um sinal verde [do secretário da Casa Civil, Edson Aparecido] para resolver isso, e discutimos exaustivamente. O presidente do Metrô [Luiz Antonio Carvalho Pacheco] concordou, exceto com duas pessoas, que não seriam readmitidas. Achamos que o acordo estava feito, mas quando foi consultar, o Palácio [dos Bandeirantes] disse não”.
“E nós ficamos aí três horas conversando com o Edson Aparecido o tempo todinho e, para decepção geral, o Palácio não fez nenhum gesto”, acrescentou Medeiros.
Presidentes de centrais sindicais, o presidente do Metrô, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o presidente do sindicato dos metroviários, Altino Prazeres, e Medeiros se reuniram na Delegacia Regional do Trabalho em São Paulo para tentar um acordo.
Editor: Luana Lourenço


Secretaria de Transportes demite 60 metroviários em São Paulo



Marli Moreira - Agência Brasil

Demissão de metroviários em greve em São Paulo (Passe Livre São Paulo / Facebook)
Um dia após a Justiça ter considerado abusiva a greve dos metroviários, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos iniciou processo de demissão por justa causa sob o amparo da lei. De acordo com a assessoria da secretaria, 60 cartas já foram remetidas. O critério de afastamento considerou inicialmente os servidores flagrados em ações de vandalismo ou de incentivo para que usuários pulassem as catracas.

O sindicato dos metroviários fará outra assembleia para decidir os rumos do movimento hoje (9) às 13h. Segundo a assessoria da entidade até às 9h nenhum comunicado sobre as demissões havia sido recebido pelo sindicalistas.
Para o secretário, o movimento tem caráter político e o governo prepara um plano de contingência para evitar problemas na próxima quinta-feira (12), dia de abertura dos jogos da Copa do Mundo, na Arena do Corinthians, na zona leste. Muitos torcedores e os próprios trabalhadores desse estádio vão depender de trens do Metrô para se deslocarem até o local vindo de outras regiões.
Uma das opções será usar o expresso da Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM), saindo da Estação da Luz, mas para chegar a este local muitos usuários precisam do Metrô.
Nesse quinto dia de greve, três das cinco linhas do Metrô operam parcialmente: na Linha 1-Azul, do Paraíso até à Estação da Luz; na Linha 2-Verde a circulação começou do Paraíso até Clínicas, mas por volta das 10h já operava em mais duas estações - a do Sumaré e da Vila Madalena; na Linha 3-Vermelha do Bresser até Santa Cecília. Na Linha 4-Amarela, administrada pelo setor privado, o funcionamento é normal bem como na Linha 5-Lilás, em Santo Amaro.
Diariamente cerca de 4,6 milhões de pessoas utilizam o Metrô. A São Paulo Transportes (SPTrans), informa que 100% da frota dos 15 mil ônibus estão nas ruas numa tentativa de compensar a demanda. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o trânsito continua mais lento que o normal, e às 9h tinha 174 quilômetros (kms) de lentidão na área do centro expandido, filas que cresceram para 182km às 9h30 e caíram para 173km às 10h. da Agência Brasil
Editor: Denise Griesinger