sábado, 9 de agosto de 2014

Obama diz que não há data prevista para fim dos ataques no Iraque

Obama diz que não há data prevista para fim dos ataques no Iraque

É a primeira vez que os EUA se envolvem diretamente no Iraque desde a retirada de suas tropas, em 2011

Atualizada em 09/08/2014 | 12h3909/08/2014 | 11h21
Obama diz que não há data prevista para fim dos ataques no Iraque Reprodução/Casa Branca
Em pronunciamento, Obama afirmou que seguirá com ataques no Iraque se for necessárioFoto: Reprodução / Casa Branca
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que não há data fixada para o fim dos ataques aéreos no Iraque e que a França e Grã-Bretanha concordaram em participar dos esforços humanitários para ajudar os civis deslocados pela ofensiva jihadista do Estado Islâmico (EI).
— Não creio que vamos resolver este problema em algumas semanas — disse.
Segundo Obama, o presidente francês, François Hollande e o premiê britânico, David Cameron, demonstraram um forte apoio às ações dos EUA e "estão de acordo em nos ajudar na assistência humanitária que oferecemos aos iraquianos que mais sofrem
Mais cedo neste sábado, em seu pronunciamento semanal, Obama afirmou que seguirá com ataques no Iraque se for necessário, e que as forças dos EUA farão o necessário para proteger os norte-americanos presentes no país, incluindo a embaixada em Bagdá. Também foi informado que Obama faria declaração sobre o Iraque nesta sábado, às 11h25min (pelo horário de Brasília).
— Na noite de quinta-feira, deixei claro que se eles tentassem avançar, nossos militares responderiam com ataques a alvos. Isso é o que fizemos. E, se necessário, é o que vamos continuar a fazer. Temos norte-americanos servindo por todo o Iraque — disse no discurso, disponível em vídeo e transcrição no site da Casa Branca.
O presidente também autorizou um esforço humanitário para ajudar os civis deslocados no Monte Sinjar, no norte do Iraque, ante a ofensiva jihadista.

As forças norte-americanas fizeram novos ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI), nesta sexta-feira. O objetivo, conforme o Pentágono, é "eliminar terroristas". Esta é a primeira vez que os Estados Unidos se envolvem diretamente no Iraque desde a retirada de suas tropas, em 2011.
Por volta das 11h, um ataque realizado com drone matou pessoas que estavam com um morteiro, conforme a Casa Branca. Uma hora depois, quatro caças dispararam oito bombas que neutralizaram um comboio e um morteiro perto de Erbil, capital do Curdistão iraquiano, explicou o porta-voz do Departamento de Defesa, contra-almirante John Kirby
Na noite de quinta-feira, o presidente Barack Obama já havia citado o risco de um genocídio, ao anunciar os ataques militares "para proteger os civis" bem como os cidadãos americanos em Erbil e Bagdá.doZH*Com agências de notícias