Forte tempestade solar ocorreu em 9 e 10 de setembro. Partículas resultantes da atividade chegam na tarde desta sexta à atmosfera terrestre
Tempestade solar atinge a Terra e afeta serviços de telecomunicações em Londrina
Partículas oriundas da forte tempestade devem chegar à atmosfera terrestre e causar instabilidade em satélites por cerca de algumas horas, inclusive em Londrina, segundo o Gedal
Uma intensa tempestade solar atingir a Terra na tarde desta sexta-feira (12) e afetar especialmente os serviços de telecomunicações dependentes da transmissão por satélite. O problema irá atingir Londrina, assim como todas as cidades brasileiras, e deve durar poucas horas, segundo o presidente do Grupo de Estudos de Astronomia de Londrina (Gedal), Miguel Moreno.
“Eu costumo brincar que o Sol é muito semelhante a uma mulher: é lindo, tem brilho próprio, mas tem seus períodos de TPM. A diferença é que a mulher sofre esse pico de atividades uma vez por mês e o Sol a cada 11 anos.”
Serviços da Sercomtel não serão afetados
A Sercomtel afirmou, nesta sexta-feira (12), que não terá os serviços afetados pela tempestade solar. Segundo a empresa, os telefones celulares da companhia operam por sistemas locais de rádio base. Já os telefones fixos operam por sistemas de cabos. As informações foram divulgadas por meio da assessoria de imprensa.
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) também foi procurada pela reportagem para comentar sobre a possibilidade de interrupção no serviço por conta da tempestade solar. No entanto, até o final da manhã desta sexta, a Copel não havia se manifestado.
Moreno explica que as explosões solares ocorreram entre 9 e 10 de setembro, mas as partículas resultantes dessa atividade só chegam nesta sexta à atmosfera terrestre. O presidente do Gedal pontua que as partículas solares não conseguem atravessar a superfície por conta do campo magnético da Terra. No entanto, essa alteração atinge especialmente os satélites em órbita.
“Os serviços de telecomunicações podem sofrer instabilidade até o sábado. Além desse período, as empresas não podem colocar a culpa no Sol por causa da falha nos serviços.” Além da instabilidade nas tecnologias, o fornecimento de energia pode sofrer interrupções e até blecautes. “Isso aconteceu nos Estados Unidos e no Canadá em 1989. Mas acho pouco provável que isso ocorra no Paraná por conta da distância que estamos do Hemisfério Sul.”
A distância do Polo Sul também dificulta a visão do fenômeno da aurora austral no Paraná e em Londrina. Moreno diz que, graças à intensidade desta tempestade solar, teoricamente o fenômeno poderia ser visto nos estados do sul do país. No entanto, o especialista afirma que é pouco provável que o fato seja visível para os paranaenses.
O presidente do Gedal diz que nesta sexta-feira o espetáculo da aurora boreal, no Hemisfério Norte, e aurora austral, no Hemisfério Sul, devem garantir belas imagens. “Nós nos costumamos a ver as imagens da aurora boreal porque as regiões próximas ao Hemisfério Norte são mais povoadas e, portando, há mais registros em fotos. Mas é importante lembrar que quem estiver ao extremo sul do continente americano, na região da Terra do Fogo, na Patagônia argentina, com certeza poderá apreciar o belíssimo fenômeno.”do JL - Jornal de Londrina
O presidente do Gedal diz que nesta sexta-feira o espetáculo da aurora boreal, no Hemisfério Norte, e aurora austral, no Hemisfério Sul, devem garantir belas imagens. “Nós nos costumamos a ver as imagens da aurora boreal porque as regiões próximas ao Hemisfério Norte são mais povoadas e, portando, há mais registros em fotos. Mas é importante lembrar que quem estiver ao extremo sul do continente americano, na região da Terra do Fogo, na Patagônia argentina, com certeza poderá apreciar o belíssimo fenômeno.”do JL - Jornal de Londrina