domingo, 15 de junho de 2014

Copa no Catar terá alto risco de segurança, diz relatório

Copa no Catar terá alto risco de segurança, diz relatório


Local de construção de estádio no Catar (foto: AFP)
Documento revela preocupação com eventual ação extremista no Catar
A candidatura do Catar para a Copa do Mundo de 2022 foi categorizada em um relatório como "de risco alto de segurança" devido à proximidade de países onde há "presença da al-Qaeda".
Partes do documento foram vistas pela BBC e pelo jornal Sunday Times. Relatório revelaria preocupação com a eventual realização de uma ação extremista durante o mundial.
Pruis disse porém que recebeu apenas um dia para completar o relatório e ler todo o material disponível para elaborá-lo foi "uma tarefa gigantesca".O documento foi elaborado pelo consultor de segurança sulafricano Andre Pruis a pedido do secretário geral da Fifa Jerome Valcke. Seu objetivo era analisar pontos fortes e fraquezas de cada nação que se candidatou.
O especialista também escreveu que o fato de 10 dos 12 estádios previstos estarem localizados em um raio de no máximo 30 quilômetros causará a sobreposição de zonas de segurança e pode criar dificuldades para lidar com a multidão, além de problemas de tráfego.

Defesa

As revelações do relatório de segurança acontecem horas após os organizadores do mundial divulgarem um comunicado defendendo o processo que escolheu o país como sede do torneio de 2022.
Sunday Times havia afirmado há algumas semanas que Mohammed Bin Hammam, ex-dirigente de futebol do Catar, teria pago a quantia de três milhões de libras para autoridades de futebol ao redor do mundo com o objetivo de conseguir apoio à candidatura do país.
No comunicado, as autoridades organizadoras dizem que as "impropriedades" sobre as votações dos mundiais de 2018 e 2022 são "uma tentativa flagrante de prejudicar uma investigação em andamento".
Um comitê de ética da Fifa liderado por Michael Garcia está analisando os processos de candidatura de 2018 e 2022.
As autoridades do Catar também disseram que o pivô das acusações Bin Hammam não faria parte oficialmente ou extraoficialmente do grupo que trabalhou na candidatura do país.
"O povo do Catar está comprometido com o sonho de receber fãs de futebol de todos os cantos do mundo em nosso país na primeira Copa do Mundo do Oriente Médio. Acreditamos que não há razões para que esse sonho não se torne realidade em 2022", diz o comunicado.Da BBC Sports