sábado, 8 de março de 2014

Decisão da OEA de não convocar reunião (sobre Venezuela)repercute de forma positiva


Decisão da OEA de não convocar reunião repercute de forma positiva

A decisão da Organização dos Estados Americanos (OEA), de não convocar uma reunião de chanceleres e não enviar uma missão observadora à Venezuela, para discutir a situação de protestos continuados em algumas regiões, foi comemorada pelo governo venezuelano e repercutiu de forma positiva na imprensa local, sobretudo nos meios de comunicação ligados ao governo.
Na sexta-feira (7), durante uma reunião extraordinária do organismo, 29 países, incluindo o Brasil,votaram contra uma interferência, e somente o Canadá, os Estados Unidos e o Panamá solicitaram à OEA uma ação no país.
O embaixador da Venezuela na OEA, Roy Chaderton, considerou a decisão como “histórica” pelo fato de o organismo ter optado pela não ingerência. O governo venezuelano reiterou, em diversas ocasiões, que é contra a ação da OEA na mediação ou observação dos prolongados conflitos que deixaram ao menos 22 mortos e mais de 260 feridos em três semanas de manifestações, bloqueios de vias e atentados ao patrimônio público.
"A resolução que votamos será conhecida nos próximos dias e fala de solidariedade, que é uma palavra bonita e histórica, porque a OEA está se afastando de decisões anteriores”, comentou Chaderton, referindo-se à críticas anteriores que a Venezuela lançava contra o organismo, por considerá-lo mais alinhado aos interesses dos Estados Unidos que aos latino-americanos.

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Em entrevista à televisão estatal Telesur, Chaderton comentou que o Canadá teria sido mais “agressivo” que os Estados Unidos nas manifestações contrárias “a atuação do governo venezuelano”. Ele também disse que a reunião ter um caráter privado acabou sendo favorável à melhor condução da conversação. “Não tivemos um circo midiático”.
Anteriormente, a decisão da reunião não poder ser acompanhada pela imprensa, divulgada na última quinta-feira (6), provocou críticas e reações negativas, inclusive do governo venezuelano. Chaderton informou que a Venezuela “aplaudia o respeito da OEA à soberania de um país ameaçado por ações desestabilizadoras e golpistas”.
O chanceler venezuelano Elías Jaua disse, em entrevista à emissoras de televisão locais, que a OEA “conseguiu ver que a Venezuela trabalha pela paz e que não têm atuado contra os manifestantes, mas sim contra grupos infiltrados de extrema-direita que tentam romper a estabilidade”. Ele acrescentou que é contra esse tipo de ação que o governo está atuando para preservar a lei.
A União das Nações Sulamericanas (Unasul) convocou, a pedido do governo da Venezuela, para quarta-feira (12), uma reunião extraordinária em Santiago, no Chile, para analisar a situação. Chanceleres dos países membros terão um encontro no dia seguinte à posse da presidenta eleita Michelle Bachelet.
Hoje (8), em San Cristóbal, estado de Táchira, local em que foram iniciadas as manifestações estudantis no país, uma Conferência Regional de Paz está sendo realizada com a participação do governo, da sociedade civil e setores da oposição.
Na conferência de paz são discutidos discute temas sensíveis que geram conflito, como os problemas econômicos, escassez de alimentos e criminalidade. Neste sábado, grupos estudantis e representantes da sociedade civil preparam a marcha “de panelas vazias, que será realizada ao mesmo tempo em que acontece a conferência.
Táchira foi o primeiro estado militarizado pelo governo venezuelano após o início da onda de protestos. Há três semanas com ações diárias de manifestações, algumas pacíficas outras de caráter violento, o comércio da cidade reduziu a jornada de trabalho e as lojas estão sendo fechadas por volta de quatro da tarde.