atualizado às 09h12

Site mapeia iniciativas educacionais criativas no Brasil


Assim nasceu o
 Caindo no Brasil. Criado em 2013, atualmente reúne 144 iniciativas mapeadas. As 30 iniciativas que Caio visitou foram indicadas por educadores e colegas de profissão. "Comecei a viagem de maneira despretensiosa. A ideia era andar pelas cidades e conhecer as realidades locais, os detalhes e as práticas desenvolvidas ali. Eu queria escolas e projetos que investissem em soluções criativas para os problemas da realidade em que estavam inseridas. Achei iniciativas muito legais conversando com a população", conta o idealizador do projeto.Você conhece projetos que ajudam a melhorar educação no Brasil? Foi em busca dessas ações que o jornalista Caio Dib resolveu pegar a estrada. Dando preferência para cidades do interior, ele visita iniciativas inovadoras em lugares "escondidos" pelo Brasil e as reúne em um site (ainda em sua versão beta) que mostra a localização de cada uma no mapa.
Nas viagens, Dib percebeu que, muitas vezes, nem mesmo as pessoas que moravam na cidade sabiam das práticas inovadores realizadas na sua comunidade. Com o mapeamento no site, Caio pretende que as iniciativas locais que podem contribuir para mudar a educação brasileira sejam conhecidas, inclusive entre elas. "Algumas iniciativas estão muito próximas e não se conhecem. Se conhecendo, podem trocar experiências e se unir. O mapa é para mostrar que a educação no Brasil tem muita iniciativa boa e muitos universos. Precisamos conhecer tudo isso."
Ao visitar as escolas, o jornalista conversava com os gestores da instituição e fazia questão de andar pelo local para perceber como o discurso era aplicado na prática, o que nem sempre acontece, como ele pode confirmar em alguns casos. Entre as visitas, boas iniciativas e outras situações lamentáveis o marcaram. A forma como a escola de educação infantil Vivendo e Aprendendo, em Brasília, trabalha com a liberdade e decisão pessoal das crianças impressionou Dib. A história de Maria, professora de uma escola rural que conheceu enquanto viajava pelo norte baiano, ajudou o jornalista a confirmar que o País precisa de muitas melhorias. “Dona Maria contou que, na escola em que leciona, falta transporte, alunos caminham uma hora para estudar, falta livro didático. Escolas que têm três séries na mesma sala poderiam ser aproveitadas com uma prática de ensino democrática, com alunos divididos por temas de interesse”.

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É o que acontece nas escolas do Instituto Lumiar, em São Paulo, que, desde 2007, em parceria com a prefeitura do município de Santo Antônio do Pinhal, oferece uma escola pública com uma metodologia diferente do convencional. Na Escola Municipal Antônio José Ramos, os alunos do ensino infantil e fundamental não são separados por séries, mas por idades (dos 6 aos 8 anos, fundamental I, dos 9 aos 11, fundamental II e dos 12 aos 14, fundamental III) e recebem o conteúdo tradicional de acordo com projetos baseados em suas habilidades e competências. Na parceria do público com o privado, a prefeitura fornece os professores e o instituto os treina na metodologia Lumiar.
Os alunos da Escola Lumiar Pública têm a liberdade de sugerir temas para os projetos e aulas Foto: Escola Lumiar / Divulgação
Os alunos da Escola Lumiar Pública têm a liberdade de sugerir temas para os projetos e aulas
Foto: Escola Lumiar / Divulgação
As crianças também podem sugerir assuntos e projetos que sejam de seu interesse, assim como avisar quando houver dificuldades em matérias. A diretora pedagógica do Instituto Lumiar, Célia Senna, explica que, para que as crianças se tornem autônomas, elas precisam sugerir também. Célia destaca a organização dos professores como um dos principais diferenciais do método. Primeiramente, eles não são chamados de professores e são divididos em duas funções: tutores e mestres. O mestre é responsável por passar o conteúdo de acordo com o ensino nacional e o tutor acompanha um grupo de alunos pelos três anos de um ciclo, supervisionando o desenvolvimento de suas habilidades. "O sistema multietário traz muitos benefícios. A criança aprende que, só por ser mais velha, não quer dizer que saiba mais do que os colegas mais jovens. Elas se ajudam muito, trocam informações", explica Célia.
Novos projetos no site
Sugestões de projeto e práticas podem ser enviadas a Caio pelo site. Serão incluídas no mapa as práticas que desenvolvam habilidades e competências, considerem a realidade local e tenham impacto na comunidade, entre outros critérios. O site irá passar por melhorias ainda neste semestre, incluindo ajustes no sistema de mapeamento e a inclusão de práticas do ensino superior.
Dib pretende lançar um livro com 14 das iniciativas que já visitou, com uma análise mais profunda de sua metodologia. "O Caindo no Brasil é sobre trocar ideias, formar redes, compartilhar conhecimento e ajudar a criar soluções concretas na educação do Brasil".
Terra