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Fenômenos extremos de 2013 "coerentes" com o aquecimento global
Os vários fenômenos climáticos extremos registrados em 2013 são "indicadores coerentes" da evolução clima provocada pelo aquecimento global, afirma o relatório anual da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado nesta segunda-feira.
A OMM, uma agência da ONU com sede em Genebra, destaca "o impacto considerável das secas, ondas de calor, inundações e ciclones tropicais".
Também aponta 2013 como o "sexto lugar, empatado com 2007, entre os anos mais quentes já registrados, o que confirma a tendência de aquecimento observada a longo prazo".
"O número de fenômenos extremos ocorridos em 2013 corresponde ao que era esperado neste contexto de mudança climática provocado por causas humanas", afirma o documento.
"Assistimos a chuvas mais abundantes, a ondas de calor mais intensas e ao agravamento dos danos provocados pelas tempestades e as inundações na costa, devido ao aumento do nível do mar. O tufão Haiyan, nas Filipinas, é uma trágica ilustração disto", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
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"O aquecimento global não está registrando nenhuma pausa", disse, antes de destacar a aceleração do aquecimento dos oceanos, que alcançou níveis mais profundos.
Após uma análise especial do calor recorde observado na Austrália no verão de 2013, a OMM afirma que os níveis "teriam sido quase impossíveis sem a influência dos gases que provocam o efeito estufa de origem humana. Isto demonstra que as mudanças climáticas geram um forte aumento da probabilidade de certos fenômenos extremos".
A temperatura média na superfície do globo, incluindo terra emersa e oceanos, foi de 14,5 graus centígrados (C) em 2013, meio grau acima da média calculada para o período 1961-1990, e 0,03 grau C acima do registrado na década 2001-2010, afirma a OMM.