terça-feira, 1 de julho de 2014

Chapa de Gleisi segue sem definição do candidato a vice-governador

Aniele Nascimento / Agência de Notícias Gazeta do Povo / A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná

Chapa de Gleisi segue sem definição do candidato a vice-governador

PT informa que Ricardo Gomyde (PC do B) será o candidato a senador da chapa e que PDT vai indicar nome do vice. Reunião à tarde, do PDT, deve indicar o escolhido
A chapa da senadora Gleisi Hoffmann (PT), que concorrerá ao governo do Paraná nas eleições deste ano, continua, nesta terça-feira (1º), sem ter definido o candidato(a) a vice-governador(a). A petista costura alianças com PDT e PCdoB. A definição sobre quem indicaria o vice e o candidato ao Senado causou desacertos durante as conversas de segunda-feira (30). No fim, Ricardo Gomyde, do PCdoB, foi definido como candidato a senador, e o PDT vai indicar o vice da chapa de Gleisi.
Uma reunião da executiva do PDT, no fim da tarde desta terça, deve definir como ficará configurada a chapa, que tem até sábado (5) para ser registrada junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). A informação foi confirmada pelo PT, que não descarta a hipótese de promover alterações na chapa.
Com Richa e Cida, PSDB oficializa chapa para reeleição no Paraná
O PSDB oficializou, nesta terça-feira (1º), a chapa formada por Beto Richa (PSDB) e Cida Borghetti (Pros) como candidatos a governador e vice, respectivamente, na disputa pelo governo do Paraná
Recuo
Ao aceitar ser vice de Requião, deputada do PV perde apoio da Rede
O diretório provisório no Paraná da Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva pretende criar, retirou oficialmente o apoio à candidatura da deputada federal Rosane Ferreira (PV). Ela havia se lançado como pré-candidata ao governo do Paraná, mas resolveu aceitar o convite para ser vice na chapa encabeçada pelo senador Roberto Requião (PMDB) na disputa pelo Palácio Iguaçu.
Em nota oficial, a Rede esclarece que o apoio a Rosane “sempre esteve vinculado à candidatura própria do Partido Verde” e que a confirmação dela como vice em qualquer uma das outras chapas resultaria na retirada de apoio do partido. Ainda segundo a nota da Rede, “toda e qualquer deliberação de apoio a candidatos ao governo do Paraná só se dará caso haja entendimento e referendo da Executiva Nacional do partido e do diretório provisório no Paraná”.


Roberto Requião foi o primeiro dos três principais candidatos ao governo do Paraná a fechar sua chapa majoritária, com a deputada federal Rosane Ferreira (PV) como vice e o suplente de deputado Marcelo Almeida (PMDB) como candidato a senador. Candidato à reeleição, o governador Beto Richa terá a deputada federal Cida Borghetti (Pros) como candidata a vice-governadora e o senador Alvaro Dias (PSDB) disputando a reeleição.
Nesta segunda-feira (30), terminou o prazo determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização de convenções destinadas a formar coligações e escolher candidatos nas esferas estadual e federal. Mas, como os partidos tem até o próximo sábado (5) para apresentar os requerimentos de registro de candidatos, o PT adiou a decisão. Nesses últimos dias, conforme entendimento do secretário geral do PDT, Adalberto Grein, a possibilidade de rearranjos partidários para a indicação de nomes é aceitável pelos tribunais eleitorais.
Desentendimentos no PT
O impasse que atrasou a definição da chapa de Gleisi envolve uma briga pela vaga no Senado e, ainda, a escolha do candidato a vice-governador. Para atrair o PCdoB, que também negociava com o candidato Roberto Requião (PMDB), o PT ofereceu, no domingo, a vaga de candidato a senador para Ricardo Gomyde (PCdoB) – deixando a vaga de vice para o PDT. A decisão desagradou aos pedetistas. Segundo fontes internas da legenda, a vaga de senador já estava acertada com o partido, que se sentiu traído pelo PT.
Nesta manhã, o vereador Jorge Bernardi (PDT), que pretendia concorrer ao Senado na chapa, disse que não abre mão de sair ao Senado. Ele relatou à reportagem que saiu da reunião antes do fim. O vereador chegou a sugerir que seria melhor manter a candidatura de Gomyde ao Senado e que o PDT lançasse um candidato avulso, além do vice de Gleisi.
Além da rusga entre partidos aliados, o nome de Gomyde ou de um pedetista encontrava resistência dentro do próprio PT. Militantes fizeram uma manifestação na frente da sede do partido no último domingo (29) pedindo que o PT lançasse um candidato próprio para o Senado. O deputado federal Dr. Rosinha e o militante petista Cláudio Ribeiro foram apresentados como opções.
Seis “nanicos” vão concorrer
Entre os outros partidos que confirmaram candidatura própria para o Palácio Iguaçu, está o PSol, que já havia lançado o nome do sociólogo Bernardo Pilotto para concorrer ao governo estadual, com Maicon Palagano na vice e Luiz Romeiro Piva para o Senado. O PSTU também terá candidatura própria para o governo, com Rodrigo Tomazi, funcionário da rede estadual de educação em Maringá. Érika Andreassy será sua vice e Evandro Castagna se candidatará ao Senado.
O PTC confirmou o advogado Tulio Bandeira como candidato ao governo do estado e Ulisses Sabino para a vice. Até a noite de ontem, o partido negociava com o PRTB, que teria o direito de indicar um nome para o Senado na chapa. Mas o PRTB também havia confirmado o economista Geonísio Marinho para o governo e Rodrigo Carlo Sottile para vice. O nome para o Senado ainda não havia sido divulgado. A vaga é disputada por Adilson Silva e Pedro Luiz Ramos de Oliveira, segundo Marinho.
Até o fechamento desta edição, o PRP também havia confirmado candidatura própria, encabeçada pelo advogado e jornalista Ogier Buchi, com Mauri Vianna para o Senado. Mas o vice não havia sido confirmado. A professora Silvana Souza é a candidata do PCB, mas o vice do partido ainda não havia sido definido. A legenda não vai lançar nome para o Senado.