Sotaque britânico em vídeo de decapitação põe serviço secreto em alerta
Serviços de inteligência da Grã-Bretanha estão trabalhando para identificar um homem com sotaque britânico que aparece em um vídeo - cuja autenticidade não foi verificada - que mostra a decapitação do jornalista americano James Foley.
O chanceler britânico, Philip Hammond, admitiu em entrevista à BBC que o militante soava como um britânico. Ele observou que o envolvimento de um número significativo de cidadãos britânicos na Síria e no Iraque é "uma das razões pelas quais este grupo representa uma ameaça direta à segurança nacional da Grã-Bretanha".
O Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira a autenticidade do vídeo.O vídeo, divulgado pelo grupo autodenominado Estado Islâmico (EI) na internet, mostra a decapitação de Foley, 40, que desapareceu há quase dois anos quando trabalhava na Síria.
A gravação, intitulada "Uma mensagem para a América", mostra James Foley em uma vestimenta laranja, de joelhos, com uma paisagem desértica ao fundo, ao lado de um homem encapuzado vestido de preto.
Ele passa uma mensagem à família e relaciona sua iminente morte ao recente bombardeio americano no Iraque para combater o EI no norte do país.
Evidentemente coagido, ele diz: "Peço aos meus amigos, família e amados que se manifestem contra os meus verdadeiros assassinos, o governo dos EUA, porque o que irá acontecer comigo é somente o resultado da complacência e da criminalidade deles".
Nesse ponto o militante mascarado, que fala inglês com sotaque britânico, envia um alerta ao governo americano: "Vocês não estão mais lutando contra uma insurgência. Somos um Exército Islâmico e um Estado que foi aceito por um grande número de muçulmanos em todo o mundo".
E dirigindo-se ao presidente americano, Barack Obama: "Qualquer tentativa sua, Obama, de negar aos muçulmanos o direito de viver em segurança sob o califado islâmico resultará em derramamento de sangue do seu povo".
Após a fala, o militante começa a cortar o pescoço do refém, e o vídeo escurece. Em seguida o corpo é visto no chão com a cabeça sobre ele.
Outro refém, identificado como o jornalista americano Steven Sotloff, é visto ao final da gravação. "O destino deste cidadão americano, Obama, depende da sua decisão", alerta o homem encapuzado. Sotloff foi sequestrado há um ano no norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cancelou o restante de suas férias e retornará a Londres. Ele disse que, se confirmada, a morte de Foley é chocante.
A França afirmou que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e países da região, incluindo o Irã, devem se unir contra o Estado Islâmico.
Mãe 'orgulhosa'
A mãe de Foley, Diane, disse no Facebook estar orgulhosa de seu filho. "Ele deu sua vida tentando expor ao mundo o sofrimento dos sírios", disse a mãe, na rede social.
Diane também pediu que os militantes libertem os outros reféns. "Como Jim, eles são inocentes. Eles não têm controle sobre a política do governo americano no Iraque, na Síria ou em qualquer lugar no mundo", escreveu.
Foley trabalhou em todo o Oriente Médio, a serviço da publicação americana Global Post e outras empresas, como a agência de notícias francesa AFP.
Ele cobriu a guerra na Líbia, quando ficou detido por mais de 40 dias. "Sou atraído pelo drama do conflito e por tentar expor estas histórias desconhecidas", disse ele à BBC em 2012.
"Há violência extrema, mas há uma vontade de saber quem estas pessoas realmente são. E creio que isto é o que é realmente inspirador."
O grupo Comitê para a Proteção de Jornalistas estima que 20 jornalistas estão desaparecidos na Síria. A organização acredita que muitos estejam sendo mantidos reféns por militantes do EI.
Anteriormente conhecido como Isis, o EI é um grupo extremista sunita que lidera uma insurreição na região. Com a ajuda de uma poderosa campanha na internet, o EI anunciou o estabelecimento de um califado em partes do Iraque e do leste da Síria.
Os militantes islâmicos são acusados de matar centenas de pessoas em áreas sob seu controle. A violência já expulsou cerca de 1,2 milhões de pessoas de suas casas no Iraque.
Seguindo uma doutrina extremista do Islã sunita, o grupo persegue minorias não muçulmanas como os cristãos e os yazidis, além dos muçulmanos xiitas, que considera hereges.da BBC Brasil
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